Existe uma expectativa generalizada no Brasil sobre a queda das taxas de financiamento de imóveis, diante da retomada do crescimento deste mercado. No entanto, tudo vai depender da queda da taxa Selic, apontam analistas. A taxa de juros básica da economia já apresentou seis reduções nos últimos sete meses, saindo de 13,75% para 10,75% ao ano. Mas, até o momento, não houve impacto significativo no custo do financiamento imobiliário.
Rafael Sasso, especialista do RisKnow, acredita que a expectativa de crédito mais acessível pode se materializar ainda este ano, impulsionada pela concorrência bancária. Já Sandro Gamba, presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), sinaliza que, no curto prazo, não vê perspectivas de queda das taxas, em parte devido à redução dos recursos da poupança.
CLIQUE AQUI E ASSISTA O EPISÓDIO DO NOSSO PODCAST SOBRE ESTE TEMA
Historicamente, a poupança tem sido uma fonte acessível para o crédito imobiliário. Os bancos buscam alternativas de captação mais onerosas, pesando nas condições de financiamento oferecidas ao consumidor. Por outro lado, dados do Censo de Moradia do QuintoAndar destacam a importância do financiamento imobiliário como ferramenta de acesso à moradia: mesmo diante de um cenário de taxas ainda elevadas, comprar um imóvel ainda é a alternativa viável para a formação de patrimônio de muitas famílias brasileiras.
A pesquisa revela que 1 em cada 3 brasileiros deseja mudar de casa nos próximos anos, com destaque para os moradores das regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
O desejo é mais frequente entre quem vive de aluguel (58%) e mora em apartamento (38%), já que 31% da renda média dos brasileiros é destinada ao aluguel, enquanto 27% cobre a parcela do financiamento imobiliário. Para aqueles que possuem saldo no FGTS, o valor da parcela do financiamento costuma ser menor do que o aluguel.
Fonte: Valor Investe
- Próximo Artigo Caixa eleva taxa de juros do financiamento imobiliário