Bento Azevedo

transitotrabÉ para a região de Cidade Ademar, mais precisamente no Edifício Giardino, na Avenida Cupecê, zona sul de São Paulo, que vai se mudar com a família, muito em breve, o vendedor de peças automotivas Carlos Alberto do Prado, de 44 anos. As chaves devem ser entregues ainda neste semestre.

Nascido em São Bernardo, onde mora até hoje, ele trabalha em uma concessionária no bairro paulistano do Jabaquara e gasta cerca de uma hora pela manhã e uma hora à noite na ida e volta para o serviço. “Não vejo a hora de me mudar, pois aí demorarei apenas dez minutos de carro”, conta ele. “Vai melhorar muito minha qualidade de vida. Não vejo a hora de o imóvel finalmente ser entregue.”

Para Leandro Caramel, o superintendente de atendimento da empresa que comercializa as unidades do Giardino, esse é um tipo de perfil que a região do Cupecê realmente está atraindo – os que moram na região do ABC paulista.

“É um eixo de ligação com áreas empresariais de São Paulo. Moradores do ABC se mudam para lá principalmente para reduzir o tempo de deslocamento casa-trabalho. É um ponto visto como crucial, hoje em dia”, diz o superintendente.

Procura

A professora de português Maria Cecília Barbosa, de 28 anos, quer seguir o mesmo caminho. Moradora de São Caetano, ela dá aula em dois colégios diferentes da zona sul paulistana. E, como está para se casar, quer aproveitar para que o apartamento novo seja mais próximo do trabalho.

“Perco muito tempo me deslocando, muito trânsito. Estou à procura de um imóvel que seja mais bem localizado, mais de acordo com meu dia a dia”, conta ela. “E meu noivo também trabalha na zona sul, então a solução seria boa para nós dois.”

Por enquanto ela ainda não encontrou o apartamento ideal – mas tem aproveitado os fins de semana para garimpar o que melhor lhe caiba no bolso entre as opções da região. “Já deu para perceber que a oferta é grande. Então estamos naquela fase de fazer contas e mais contas”, comenta ela.

Esse cenário vem transformando alguns bairros periféricos de São Paulo. O caso do Giardino, prédio citado no início dessa reportagem, ilustra bem a mudança. Antes, o terreno era ocupado por um galpão industrial – construções que vão se tornando cada vez mais raras, sumindo da paisagem urbana, para dar lugar a novas habitações. Como ocupam, em geral, grandes terrenos, são alvo em potencial das ofertas das construtoras: uma vez demolidos, começa a obra.

 

Fonte: Jornal O Estado de S. Paulo
Data: 11/05/2013