Com as taxas de juros baixa, os imóveis passam a ser opção de geração de renda a curto prazo
A recente crise do coronavírus vem impactando todos os tipos de negócios e mercados neste primeiro semestre de 2020 – incluindo o mercado imobiliário, que estava em plena ascensão antes da pandemia. Os dados apontam que, com o início da retomada econômica no Brasil em 2019, a área da construção civil foi que a mais teve crescimento, 4,4% no primeiro trimestre do ano passado.
Muitos fatores favoreciam esse crescimento. De acordo com a reportagem da revista VEJA, queda na Taxa Selic – ela estava em 2,25%, o menor da história – vinha beneficiando a compra de imóveis por facilitar o crédito imobiliário, tanto para o comprador quanto para o construtor. Os dados revelavam, portanto, que aquele era momento adequado para investimentos deste porte.
Com o cenário econômico marcado pela incerteza neste início de ano e a manutenção dos juros baixos, o investimento imobiliário continua sendo uma opção para quem procura renda a curto prazo, como é o caso dos aluguéis – incluindo casos de locação de curta temporada. Isso acontece porque o investimento em imóveis apresenta-se como uma das soluções mais seguras de investimento já que a tendência é que tenham uma valorização constante.
Em pesquisa divulgada pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), 28,8% são donos de imóveis, ou seja, quase um terço dos brasileiros tem seu dinheiro investido no mercado imobiliário.
Neste novo cenário, a expectativa do setor é que o investimento em aluguel seja alto. “Em uma época marcada pela incerteza, a locação é uma opção interessante e uma alternativa para quem quer usufruir uma casa nova antes de comprar”, comenta Eudoxios Anastassiadis, sócio-fundador da incorporadora Alfa Realty.
Experimentar novos cenários em busca de maior qualidade de vida é uma das tendências apontadas pela McKinsey & Company em seu relatório sobre a vida pós-pandemia. De acordo com a consultoria global, já é possível prever uma desvalorização da vida nas metrópoles. Isso se dá por uma combinação de três fatores: possibilidade de home office; maior possibilidade de contaminação em áreas de grande densidade populacional; menor custo de vida fora dos grandes centros urbanos.
Essa nova realidade que se desenha está em total consonância as transformações que a quarentena propôs com nossa relação com a casa, com os espaços interiores e exteriores – isto é, com uma renovação das prioridades neste mundo novo pós-Covid-19.
Fonte: Mercado e Consumo
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