O estado de conservação do imóvel é cada vez mais importante em um contexto onde o consumidor está mais exigente e bem informado. Isso pode ser fundamental para redução do tempo das negociações, tanto para venda quanto para locação, além de garantir a valorização patrimonial. Nesse sentido, investir em reformas pode ser um caminho para quem deseja ampliar a vantagem competitiva dentro do mercado de usados.
“Certamente, a má conservação acarreta um aspecto de descuido e desvaloriza o imóvel, dificultando a negociação, ainda mais no quadro atual da economia. Isto pode, até mesmo, inviabilizar uma operação imobiliária”, pondera o arquiteto e corretor imobiliário Paulo Bins Ely.
Para ele, a equipe imobiliária tem o papel de esclarecer e demonstrar ao proprietário a importância de preparar o imóvel em termos de conservação e apresentação. “Se preciso for, o proprietário deverá investir em uma pintura, colocação de piso novo ou uma mini-reforma, cujos efeitos positivos se somarão aos esforços do trabalho do profissional da área imobiliária e incrementarão a velocidade e as chances de sucesso do negócio, que é o objetivo prioritário do próprio cliente”, aconselha Bins Ely.
ATENÇAO À CONSERVAÇÃO
Dentre os principais complicadores no quesito conservação patrimonial estão as infiltrações, ausência de elementos do acabamento final (como tomadas, interruptores e torneiras), esquadrias e portas danificadas, pisos, forros e rodapés necessitando de reparos, ponto de luz e hidráulicos inexistentes, ou mesmo a falta de azulejos e outros revestimentos frios nas áreas molhadas (banheiros, etc).
Segundo o arquiteto Maurício Piccoli, tanto aspecto funcional como o visual do imóvel devem ser prioridade para se ter mais sucesso na negociação, pois causam um impacto inicial positivo no cliente. “Isto porque quem está à procura de um espaço para morar ou abrir o seu negócio pensa em longo prazo nas dificuldades que podem aparecer, e as benfeitorias ajudam na primeira impressão que esse cliente tem ao conhecer o espaço”, avalia.
O arquiteto ainda aponta para um desejo do cliente final relacionado ao contexto econômico atual. “Ele não estaria tão disposto a arcar com reparos como a troca ou instalação de um piso novo, por exemplo, em função do custo com a compra de material e a contratação de mão de obra para a instalação, principalmente quando a execução da obra impacta diretamente na sua rotina já dentro do imóvel. Vale levar em consideração que muitas das desistências ocorrem devido ao envelhecimento do local, mas infelizmente parte dos proprietários acaba deixando a conservação de lado”.
Fonte: Revista Secovi-RS
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