Bento Azevedo

Há quase 20 anos, o selo Procel ajuda consumidores a comprar produtos que consomem menos energia. Agora, a etiqueta vai ser usada também para medir a eficiência energética de edifícios residenciais, comerciais e órgãos públicos, que respondem por quase metade de toda a energia consumida no Brasil. Para obter a certificação, é preciso seguir algumas exigências, que asseguram uma economia de até 50% na conta de luz.

“Nosso objetivo é provocar um impacto no mercado imobiliário. Na medida em que existem prédios etiquetados e outros não, as pessoas vão dar preferência a esse instrumento”, diz o coordenador do programa de etiquetagem do Inmetro, Marcos André Borges. Segundo ele, 80% dos consumidores já usam esse tipo de informação para comprar eletrodomésticos.

Também é possível certificar projetos de construção, que devem ser validados depois que a obra estiver pronta. Até o momento, foram certificados 54 projetos em todo o país. Três residências e 12 prédios comerciais já saíram do papel e receberam a etiqueta, que pode ser concedida de maneira avulsa, para um apartamento.

A arquiteta Claudia Barroso Krause fez alguns ajustes em seu apartamento, no Rio, e obteve a primeira certificação do gênero no país. “A gestão do imóvel é a mais barata possível e a qualidade ambiental está garantida”, afirma. Segundo a arquiteta, os ajustes para receber o selo não custam caro, mas ela ressalta que as medidas podem ser incluídas já no projeto.

Dicas para ter um imóvel mais eficiente:

– Usar iluminação natural combinada com lâmpadas econômicas, como as de LED, e instalar sensores de presença;

– Preferir ventilação natural e, quando necessário, usar aparelhos de ar condicionado eficientes;

– Dar prioridade a paredes e móveis claros, que refletem melhor a luz que superfícies escuras;

– Instalar sensores nas torneiras, válvulas com duplo acionamento nos vasos sanitários e restritores de vazão nos chuveiros;

– Adotar coletores solares.

 

Fonte: G1 – Assista o vídeo em G1