A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) publicou uma nota em que enfatiza a importância de o Banco Central manter a meta de redução sustentável da taxa Selic a longo prazo, apesar do ritmo de cortes ter desacelerado. Nesta quarta-feira (8), o Comitê de Política Econômica do Banco Central (Copom) anunciou uma redução de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros da economia, que passou de 10,75% para 10,50% ao ano.
No comunicado, a entidade destaca que o Brasil possui uma das maiores taxas de juros reais globais, o que prejudica o crescimento econômico e o desenvolvimento do mercado imobiliário, afetando diretamente os custos de financiamento habitacional e a venda de imóveis. “É necessário que o Banco Central siga comprometido com a redução na Selic no longo prazo de forma sustentável. O Brasil ainda tem a segunda maior taxa de juros real do mundo, o que é um grande entrave para o crescimento econômico do País”, afirmou a instituição.
A flexibilização da Selic teve início em agosto do ano passado e, desde então, foram seis reduções seguidas de mesma intensidade (0,5 ponto percentual), movimento que era considerado, pela Abrainc, como crucial para impulsionar a geração de emprego e renda, além de estimular a atividade industrial. A associação entende que a diminuição da intensidade dos cortes reflete as preocupações com a inflação e um cenário econômico global adverso, especialmente nos Estados Unidos.
Reportagens recentes sobre o mercado imobiliário apontaram que a redução dos juros no crédito imobiliário ainda não se concretizou apesar dos cortes na Selic e as expectativas do mercado. Fatores atuais sugerem até mesmo uma possível elevação dos juros bancários no curto prazo, contrariando as previsões de alívio nos custos para o setor imobiliário.
Fonte: IstoÉ
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