Uma nova cheia do Guaíba – que atingiu 5,21 metros – agravou a crise em Porto Alegre obrigando a evacuação de bairros inteiros, principalmente na zona Sul da cidade. A situação é descrita pelos moradores e autoridades como uma “enchente dentro da enchente”. A região, diferentemente do Centro, que é protegido por um sistema de diques, está diretamente exposta às cheias.
Diante da magnitude da crise, as autoridades buscam soluções inovadoras e urgentes para os desalojados, construindo aproximadamente cinco mil casas, enquanto a prefeitura de Porto Alegre cogita a criação de uma “cidade provisória” para acolher cerca de 10 mil pessoas. O local escolhido é
Porto Seco, na zona Norte da capital, uma área não afetada pelas águas.
Além de milhares de barracas, o projeto inclui infraestrutura básica como mercado e escola. Paralelamente, a Secretaria de Habitação revelou planos de subsídios para famílias de classe média repetidamente afetadas pelas cheias e sem condições de financiar novos imóveis ou realizar reformas. Na mesma direção, o governo federal estuda incluir os desabrigados do RS no programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), com foco nas faixas 1 e 2 do programa, direcionadas a famílias de baixa renda.
Para agilizar o processo, o Ministério das Cidades mapeará empreendimentos no estado com características similares às dos imóveis do MCMV. As famílias enquadradas na Faixa 1 (renda até R$ 2.640) terão boa parte do imóvel custeado pelo Orçamento da União. Já as famílias da Faixa 2 (renda até R$ 4.400), poderão financiar com recursos do FGTS em condições facilitadas, incluindo subsídios de até R$ 55 mil por unidade.
Fontes: Estadão, Infomoney e O Globo