Em 2024, os preços dos imóveis residenciais no Brasil tiveram um aumento médio de 7,73%, a maior alta em 11 anos, segundo o Índice FipeZap. A variação mensal de dezembro foi de 0,66%, superior aos 0,49% de novembro. Em 2013, o aumento havia sido de 13,74%. A pesquisa abrange 56 cidades, incluindo 22 capitais.

O valor médio por metro quadrado chegou a R$ 9.366, com destaque para imóveis com um dormitório, cujo preço médio chegou a R$ 11.130/m². As unidades com dois dormitórios apresentaram o menor valor, a R$ 8.387/m². Entre as capitais, Vitória (ES) liderou como a mais cara, com R$ 12.287/m², seguida por Florianópolis (SC) e São Paulo (SP).

Apesar dos altos valores, a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) foi de 6,54%, enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 4,64%. Curitiba foi a cidade com maior valorização (+18%), seguida por Salvador (+16,38%) e João Pessoa (+15,54%).

Em cidades como São Paulo e Porto Alegre (RS), os preços subiram 6,56% e 6,44%, respectivamente, enquanto em Brasília e Rio de Janeiro, os aumentos foram de 3,71% e 3,13%. Santa Maria (RS) foi a única cidade mapeada pelo FipeZap a apresentar queda nos preços.

Bairros – Pinheiros, Vila Mariana e Jardins, na zona Oeste de São Paulo, e Leblon, na zona Sul do Rio de Janeiro, foram os bairros que mais se destacaram na valorização dos imóveis em 2024, segundo o índice FipeZap. O metro quadrado no Leblon atingiu R$ 24.119, com valorização de 7% no ano.

Em São Paulo, Pinheiros registrou aumento de 9,6%, enquanto Vila Mariana e Jardins tiveram altas de 9,2% e 8,4%, respectivamente. O Itaim Bibi, com um dos metros quadrados mais caros, chegou a R$ 18.385, com um crescimento de 7,4%.

A maioria dos bairros nobres da capital paulista e Rio apresentam preços bem acima da média nacional, que é de R$ 9.366. Em São Paulo, oito dos dez bairros mais caros superaram a média da cidade, em R$ 11.374.

No Rio, sete dos dez bairros monitorados mantiveram preços acima da média local, de R$ 10.289. Regiões como a Barra da Tijuca foram beneficiadas por investimentos em infraestrutura nos últimos anos, como o BRT e a linha 4 do metrô, que alavancaram a valorização dos imóveis.

Fontes: Valor Investe e O Globo