O mercado imobiliário brasileiro registrou crescimento pelo segundo ano consecutivo em 2024, atingindo o maior patamar da série histórica, iniciada em 2014. As vendas de novos imóveis cresceram 11,8% em relação a 2023, com 186.540 unidades, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc ). O programa Minha Casa, Minha Vida foi o principal responsável por esse desempenho, respondendo por 73,3% de todas as unidades comercializadas.

As vendas do Minha Casa, Minha Vida totalizaram 136.741 unidades, um crescimento de 13,1% em comparação com 2023. Já o segmento de médio e alto padrão apresentou estabilidade, com 43.235 contratos firmados.

Os lançamentos também registraram alta expressiva, segundo o levantamento da Abrainc, com 150 mil novas unidades anunciadas. Isso representa um aumento de 22% em relação ao ano anterior. Do total, 122 mil unidades foram destinadas ao Minha Casa, Minha Vida, um crescimento de 25%.

Segundo Luiz França, presidente da Abrainc, as mudanças sociais contribuíram para o desempenho positivo do setor. “As pessoas com idade entre 35 e 40 anos impulsionam o setor, porque estão se casando mais tarde”, afirmou.

A valorização dos aluguéis também foi apontada no levantamento como fator determinante para a compra de imóveis. Desde 2020, o valor dos aluguéis saltou 63,6%, enquanto a inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) foi de 33,5% no período.

A Abrainc ressalta ainda a queda na duração da oferta de imóveis. No segmento de médio e alto padrões, o período médio para acabar o estoque chegou a 13 meses em dezembro de 2024, contra 18,4 meses em 2023. No Minha Casa, Minha Vida, esse período caiu para 9,8 meses no final de 2024, em comparação com 11,5 meses no ano anterior.

Fontes: UOL e Folha de S.Paulo