A vice-presidente de habitação da Caixa Econômica Federal, Inês Magalhães, afirmou que o banco discute com o Ministério da Fazenda mudanças nas normas da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) para permitir que fundos de previdência invistam no setor habitacional, servindo como alternativa de funding.
Em entrevista ao jornal Valor Econômico, Magalhães disse que o cenário é mais preocupante para a Caixa, já que o banco tem “compromisso com o desenvolvimento”, enquanto outras instituições podem reduzir a concessão de crédito imobiliário.
Segundo a vice-presidente, uma decisão que dificultou o funding para habitação foram as mudanças promovidas pela Fazenda na ampliação do prazo mínimo de vencimento das Letras de Crédito Imobiliário (LCIs). “A Fazenda atirou no que viu e acertou o que não viu ao tirar uma captação que hoje é importante para a manutenção dos níveis do crédito”, disse.
Sobre a liberação de compulsório dos bancos para financiar a habitação – uma pauta antiga do setor imobiliário – Inês Magalhães afirmou que o Banco Central ainda não concorda com a medida, considerada de “fôlego curto”.
Segundo a executiva, a Caixa está comemorando a decisão do STF que alterou a correção das contas do FGTS para garantir a inflação, afirmando que a repercussão é “mais administrável”, e acrescentou que o desafio é criar produtos para a classe média, como reformas de imóveis.
Fonte: Valor Econômico/Loft