O preço dos aluguéis de imóveis comerciais avançou 0,68% em agosto, como mostrou a pesquisa do Índice FipeZap. Apesar de apresentar uma desaceleração frente a julho, quando subiu 0,81%, a variação acumulada dos últimos 12 chegou aos 6,73%, a maior já registrada pelo indicador desde julho de 2013, quando registrou 6,86% de alta.
Em uma média, o valor de locação de salas e conjuntos comerciais de até 200 m² foi avaliado em R$ 41,80/m². Entre as dez cidades monitoradas, São Paulo se destacou com o maior preço médio para locação em R$ 50,20/m². Comparativamente, o preço médio de locação de imóveis comerciais no Rio de Janeiro foi R$ 41,83/m².
Índice FipeZap versus IPCA e IGP-M
Para comparação, enquanto o FipeZap registra 6,73% no acumulado dos 12 meses, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) atinge, no mesmo período, 4,61%. Já o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) recuou 7,20%.
Se observado só agosto, o FipeZap subiu 0,68%, enquanto o IPCA registrou uma inflação ao consumidor de 0,23% e o IGP-M apurou um recuo de 0,14% nos preços da economia brasileira.
Já o balanço de 2023 até agosto mostra que os preços de locação apresentam alta de 4,19%. No mesmo período, o IPCA registrou inflação acumulada de 3,23%, ante deflação de 5,28% exibida pelo IGP-M.
Aumento de preço por região
Ao estudar as dez localidades onde o segmento comercial é monitorado pelo estudo, os aumentos dos aluguéis, em agosto, abrangeram nove das dez localidades, sendo elas: Campinas (+1,39%), Salvador (+1,32%), Brasília (+1,03%), Rio de Janeiro (+0,88%), Niterói (+0,81%), São Paulo (+0,64%), Curitiba (+0,50%), Belo Horizonte (+0,34%) e Porto Alegre (+0,21%). A única cidade que registrou recuo nos preços de locação foi Florianópolis, onde os aluguéis comerciais reduziram 0,35% em agosto.
Quando analisado os últimos 12 meses, oito capitais registraram valorização no aluguel, de acordo com a pesquisa: Salvador (+12,79%), Niterói (+10,01%), Curitiba (+9,94%), Rio de Janeiro (+8,71%), Campinas (+8,07%), São Paulo (+6,85%), Florianópolis (+6,52%) e Porto Alegre (+2,94%). Na outra ponta, Belo Horizonte (-0,23%) e Brasília (-1,57%) tiveram queda nos preços das locações comerciais no mesmo período.
Vendas de imóveis comerciais
Na contramão da locação, o estudo constatou que os preços de venda de salas e conjuntos comerciais de até 200 m² recuaram 0,16% em agosto. Entre as localidades, Florianópolis (+0,43%), Campinas (+0,31%) e Niterói (+0,24%) apresentaram alta no preço de venda. Por outro lado, recuos foram observados em: Brasília (-0,53%), Salvador (-0,37%), Rio de Janeiro (-0,25%), Curitiba (-0,22%), Belo Horizonte (-0,16%), São Paulo (-0,15%) e Porto Alegre (-0,04%).
Nos últimos 12 meses, também não foi diferente. Os preços de venda de imóveis comerciais passaram a acumular uma queda nominal de 0,60%. Individualmente, cinco das dez localidades registraram recuos nos respectivos preços de venda nesse mesmo período, sendo elas: Porto Alegre (-4,15%), Belo Horizonte (-3,39%), Rio de Janeiro (-2,89%), Salvador (-1,97%) e Niterói (-0,76%). Contrapondo-se, Brasília (+1,86%), São Paulo (+1,50%), Curitiba (+0,98%), Campinas (+0,85%) e Florianópolis (+0,73%) registraram alta nos preços de vendas de imóveis comerciais nos últimos 12 meses.
No balanço parcial de 2023, até agosto, os preços de venda de imóveis comerciais também caíram, acumulando queda de 0,43% no ano.
Ainda em agosto, o preço médio de venda, de acordo com a amostra do Índice FipeZAP, foi de R$ 8.414/m² para imóveis de até 200 m². Assim como para locação, entre as dez cidades, São Paulo se destacou com o maior valor médio também para venda: R$ 10.020/m². Comparativamente, imóveis comerciais no Rio de Janeiro registram preço médio de R$ 8.739/m².
Fonte: Exame
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