O preço médio do metro quadrado de imóveis residenciais no Brasil atingiu R$ 9.261 em outubro de 2024, marcando o décimo aumento consecutivo no ano. A alta de 0,60% no mês foi registrada pelo Índice FipeZAP de Venda Residencial, que abrange 56 cidades brasileiras. O levantamento revelou uma valorização acumulada de 6,51% no ano, superando a inflação medida pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15) de 3,86% no mesmo período. Em 12 meses, a variação chega a 7,22%, maior taxa desde novembro de 2014.

A pesquisa mostrou que 49 das 56 cidades analisadas apresentaram aumento nos preços, incluindo 18 das 22 capitais monitoradas. Porto Alegre, por exemplo, registrou alta de 0,93% em outubro e 5,28% no acumulado do ano.

No recorte por tipo de imóvel, unidades com um dormitório tiveram a maior valorização mensal (+0,73%), enquanto as de dois dormitórios e quatro ou mais tiveram menor aumento de preços (+0,50%). No acumulado de 12 meses, o índice registrou valorização de 7,22%, o maior resultado desde novembro de 2014.

Entre as capitais, Curitiba liderou a valorização no ano com 15,46%, seguida por João Pessoa (14,57%) e Salvador (14,18%). São Paulo e Rio de Janeiro tiveram altas mais modestas, de 5,54% e 2,61%, respectivamente.

No ranking das cidades com o metro quadrado mais caro, Balneário Camboriú, em Santa Catarina, manteve a liderança com R$ 13.700/m², seguida de perto pela vizinha Itapema, com R$ 13.662/m².

“Os gráficos ‘por essa base de cálculo’ [FipeZap] indicam que Itapema possui boas chances de ter valor médio de m² mais alto do que Balneário Camboriú nos próximos meses. Mas, na prática, Balneário Camboriú ainda tem um valor médio de m² consideravelmente superior ao da cidade vizinha”, comenta o perito avaliador imobiliário Bruno Cassola Couto.

“O mercado de Balneário Camboriú é mais consolidado e tem um controle rigoroso na quantidade de lançamentos. Esse equilíbrio contribui para uma liquidez mais segura e para o sucesso dos investimentos, especialmente no segmento de alto padrão”, complementa.

Fontes: R7, Rádio Guaíba, nd+ e IstoÉ Dinheiro