Os carros elétricos já fazem parte da realidade de muitos brasileiros e, cada vez mais, chegam às garagens dos condomínios. Essa tendência traz praticidade e sustentabilidade, mas também exige atenção especial com a infraestrutura predial. Afinal, nem todos os edifícios foram projetados para suportar o carregamento desses veículos.


Por que isso é um ponto de atenção?

  1. Instalações elétricas sobrecarregadas
    Utilizar tomadas comuns para carregar carros elétricos pode gerar aquecimento dos cabos, curtos-circuitos e até incêndios.

  2. Risco de propagação de incêndios
    Apesar de os veículos elétricos não serem mais propensos a pegar fogo do que os a combustão, um incêndio em baterias de lítio é de difícil controle e pode se reignitar mesmo após apagado.

  3. Falta de preparo em condomínios antigos
    Muitos prédios não têm dimensionamento elétrico adequado, nem ventilação ou equipamentos de segurança contra esse tipo de ocorrência.


O que os condomínios devem fazer?

  • Instalação correta: investir em estações de recarga (wallbox) instaladas por empresas especializadas, seguindo normas técnicas (como a ABNT NBR 1709).

  • Prevenção de incêndio: considerar sistemas de detecção de fumaça, sprinklers e ventilação adequada nas garagens.

  • Normas internas: regulamentar no regimento do condomínio como será o uso, a divisão dos custos de energia e as responsabilidades dos condôminos.

  • Treinamento: preparar síndico, zelador e equipe para agir em caso de emergência.


O carro elétrico é o futuro — mas esse futuro precisa ser seguro.
Condomínios que se adaptarem desde já garantem tranquilidade para os moradores, valorização do patrimônio e modernização compatível com um novo estilo de vida.