Manter a saúde financeira de um condomínio é um desafio que exige planejamento estratégico. Entre as principais preocupações de síndicos e administradoras está a gestão do fundo de reserva – recurso fundamental para cobrir emergências e evitar desequilíbrios nas contas. Mas como investir esse dinheiro de forma segura, líquida e rentável?
Neste artigo, explicamos tudo o que você precisa saber sobre o fundo de reserva condominial, as melhores opções de investimento e os cuidados necessários para não colocar o condomínio em risco.
O Que é o Fundo de Reserva e Por Que Ele é Obrigatório?
O fundo de reserva (ou “fundo de emergência”) é uma reserva financeira destinada a cobrir despesas imprevistas, como:
✅ Reparos urgentes (vazamentos, problemas elétricos, elevadores quebrados)
✅ Manutenções preventivas (pintura, impermeabilização, troca de equipamentos)
✅ Situações de crise (aumento repentino de custos, inadimplência elevada)
De acordo com o Art. 1.348 do Código Civil, todo condomínio é obrigado a manter um fundo de reserva, geralmente equivalente a 10% a 20% da receita anual. A quantia exata deve ser definida em assembleia, considerando o tamanho do prédio, idade do condomínio e histórico de manutenções.
Onde Investir o Fundo de Reserva do Condomínio?
O dinheiro do fundo de reserva não pode ficar parado na conta corrente, pois perde valor com a inflação. No entanto, também não pode ser aplicado em investimentos arriscados ou de longo prazo.
Segundo o SindicoNet, as melhores opções para investir o fundo de reserva são:
1. Tesouro Selic (LFT)
Vantagens: Seguro (garantido pelo governo), alta liquidez (resgate em 1 dia útil), rende diariamente.
Indicação: Ideal para reservas que podem ser necessárias a qualquer momento.
2. CDB de Bancos Grandes (Liquidez Diária)
Vantagens: Baixo risco (se for de bancos sólidos), alguns permitem resgate imediato.
Cuidado: Verificar se o CDB tem liquidez diária e se está coberto pelo FGC (limite de R$ 250 mil por CPF/CNPJ).
3. Fundos de Renda Fixa (Fundos DI ou RF Liquidez Diária)
Vantagens: Praticidade (não exige gestão direta pelo síndico), rentabilidade atrelada ao CDI.
Cuidado: Escolher fundos com taxa de administração baixa e sem carência para resgates.
4. LCIs e LCAs (Isentos de Imposto de Renda)
Vantagens: Boa rentabilidade e isenção de IR para pessoas físicas.
Cuidado: Geralmente têm prazo mínimo (90 a 180 dias) para resgate.
5. Contas Remuneradas (Nubank, PicPay, Mercado Pago)
Vantagens: Facilidade de aplicação e resgate, rendimento diário.
Cuidado: Verificar se a instituição é confiável e se o rendimento é competitivo.
Cuidados ao Investir o Fundo de Reserva
Antes de aplicar o dinheiro do condomínio, é essencial seguir algumas regras:
🔹 Priorize segurança e liquidez – O objetivo não é ganhar muito, mas sim preservar o capital e ter acesso rápido quando necessário.
🔹 Documente tudo em assembleia – Todas as decisões devem ser aprovadas em reunião e registradas na ata.
🔹 Diversifique os investimentos – Não coloque todo o dinheiro em um único lugar.
🔹 Evite aplicações de risco – Ações, criptomoedas e fundos imobiliários não são adequados para o fundo de reserva.
🔹 Tenha uma reserva mínima em conta corrente – Mantenha pelo menos 10% do fundo disponível para emergências imediatas.
Planejamento Evita Problemas Futuros
Investir o fundo de reserva do condomínio é uma forma inteligente de proteger o patrimônio dos condôminos e evitar aumentos repentinos nas taxas. O ideal é buscar aplicações seguras, de fácil resgate e com boa rentabilidade, sempre com transparência e aprovação dos moradores.
Quer mais dicas sobre gestão condominial? Acompanhe nosso blog e fique por dentro das melhores práticas para administrar seu condomínio com eficiência!
📌 Fonte: SindicoNet – Como investir o fundo de reserva do condomínio
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