A inadimplência em condomínios voltou a subir no Brasil. Segundo o Índice Superlógica, em junho de 2025, a taxa de inadimplência condominial chegou a 7,19%, o maior patamar dos últimos 13 meses.

Por que isso está acontecendo?

  1. Prioridade ao pagamento de dívidas mais caras
    Com a inflação alta e juros elevados, muitos moradores optam por quitar primeiro débitos com maior incidência de juros, como cartão de crédito e cheque especial — deixando o condomínio por último, já que suas penalidades são menores.

  2. Crescimento expressivo dos protestos por falta de pagamento
    Em 2024 foram registrados 15.320 protestos por dívidas condominiais, uma alta de mais de 200% em relação a 2020 (4.885 registros). Só no primeiro trimestre de 2025, já houve 6.266 protestos.

  3. Alta generalizada no país
    Além do índice nacional, diferentes regiões têm acompanhado essa tendência. No Rio Grande do Sul, embora com números menores, a inadimplência também apresentou crescimento, passando de 5,55% para 5,67% em março de 2025.


Impacto para condomínios e síndicos

  • Prejuízo no caixa condominial, prejudicando pagamento de serviços essenciais como limpeza, segurança e manutenção.

  • Atrasos frequentes elevam o risco de acúmulo de dívidas e aumento de custo para todos os moradores.

  • A proteção jurídica superior à maioria dos créditos comuns (como previsto na Súmula 478 do STJ), pode levar à penhora e até leilão do imóvel como medida de cobrança.


Como enfrentar essa crise de inadimplência?

Algumas estratégias eficazes para gestores e síndicos incluem:

  • Atuar com firmeza e agilidade, encaminhando dívidas em atraso para protesto ou cobrança extrajudicial, medida que tem se mostrado eficiente.

  • Negociação e comunicação preventiva, conscientizando os moradores sobre o impacto coletivo da inadimplência.

  • Uso de garantidoras ou antecipação de receita, que oferecem soluções para previsibilidade financeira e aliviam a gestão do síndico.


A inadimplência condominial está em alta — e em patamares que exigem ações imediatas. Para síndicos, isso representa um desafio de gestão que precisa ser enfrentado com soluções transparentes, ferramentas tecnológicas e processos ágeis.

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